sábado, 15 de setembro de 2012

A Nova Evangelização e a Sagrada Liturgia, por Dom Athanasius Schneider.

A Nova Evangelização e a Sagrada Liturgia, por Dom Athanasius Schneider.

Fonte: Réunicatho | Tradução: Fratres in Unum.com

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Dom Athanasius Schneider celebra missa de abertura do Congresso Summorum Pontificum em Roma.

Para falarmos corretamente da nova evangelização, é indispensável fixarmos, primeiramente, o nosso olhar sobre Aquele que é o verdadeiro evangelizador, isto é, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito Homem. O Filho de Deus veio a esta terra para expiar e redimir o maior pecado, o pecado por excelência. E o pecado por excelência da humanidade consiste na recusa de adorar a Deus, na recusa de Lhe reservar o primeiro lugar, o lugar de honra. Este pecado dos homens consiste no fato de não se dar atenção a Deus, no fato de que não se tem mais o sentido das coisas, ou dos detalhes que emergem de Deus e da adoração que Lhe é devida, no fato de não se querer ver a Deus, no fato de não se querer ajoelhar diante de Deus.

Em face de uma tal atitude, a encarnação de Deus é embaraçosa; embaraçosa, igual e consequentemente, a presença real de Deus no mistério eucarístico; embaraçosa a centralidade da presença eucarística de Deus nas igrejas. O homem pecador quer, com efeito, pôr-se no centro, tanto dentro da igreja como durante a celebração eucarística, ele quer ser visto, quer ser reparado.

Esta é a razão pela qual se prefere colocar de lado Jesus Eucaristia, Deus encarnado, presente no tabernáculo sob a forma eucarística. Mesmo a representação do Crucificado sobre a Cruz no meio do altar, durante a celebração voltada para o povo, é embaraçosa, porque o rosto do padre se encontraria ofuscado. Dessa forma, a imagem do Crucificado ao centro, assim como Jesus Eucaristia no tabernáculo igualmente no centro do altar, são embaraçosos. Consequentemente, a Cruz e o Tabernáculo são deslocados para o canto. Durante a celebração, os assistentes devem poder observar permanentemente o rosto do padre, e este adquire prazer em se colocar, literamente, no centro da casa de Deus. E se por azar Jesus Eucaristia, apesar de tudo, for deixado em seu tabernáculo no centro do altar, porque o ministério dos monumentos históricos, mesmo sob um regime ateu, proibiu que se O deslocasse por razões de conservação do patrimônio artístico, o padre, frequentemente ao longo de toda a celebração litúrgica, Lhe dá, sem escrúpulos, as costas.

Quantas vezes corajosos fiéis adoradores de Cristo, na sua simplicidade e humildade, terão bradado: "Bendito sejais, Monumentos históricos! Vós ao menos nos deixastes Jesus no centro de nossa igreja".

Apenas a partir da adoração e da glorificação de Deus é que a Igreja pode anunciar de maneira adequada a palavra da verdade, ou seja, evangelizar. Antes que o mundo ouvisse Jesus, o Verbo eterno feito carne, a pregar e anunciar o reino, Ele se ocultou e adorou durante trinta anos. Esta permanece para sempre a lei para a vida e a ação da Igreja, bem como para todos os evangelizadores. "É na maneira de se tratar a liturgia que se decide a sorte da Fé e a Igreja", disse o Cardeal Ratzinger, o nosso atual Santo Padre, o Papa Bento XVI. O Concílio Vaticano II quis recordar à Igreja qual realidade e qual ação deveriam ter o primeiro lugar em sua vida. É por isso que o primeiro documento conciliar foi consagrado à liturgia. A este respeito, o Concílio nos dá os seguintes princípios: na Igreja, e conseqüentemente na liturgia, o humano deve se orientar ao divino e lhe ser subordinado, do mesmo modo o visível em relação ao invisível, a ação em relação à contemplação e o presente em relação à cidade futura, à qual aspiramos (cf. Sacrosanctum Concilium, 2). A nossa liturgia terrestre participa, de acordo com o ensinamento do Vaticano II, de um antegozo da liturgia celestial da cidade santa de Jerusalém (cf. idem, 2).

Conseqüentemente, tudo na liturgia da Santa Missa deve servir ao que exprime de maneira mais nítida a realidade do sacrifício de Cristo, isto é, as orações de adoração, de agradecimento, de expiação, de petição, que o eterno Sumo Sacerdote apresentou a Seu Pai.

O rito e todos os detalhes do Santo Sacrifício da Missa devem se centrar sobre a glorificação e a adoração a Deus, insistindo na centralidade da presença de Cristo, seja no sinal e na representação do Crucificado, seja na Sua presença Eucarística no tabernáculo, e, sobretudo, no momento da Consagração e da Santa Comunhão. Tanto mais isso é respeitado, menos o homem se mantém no centro da celebração, menos a celebração se assemelha a um círculo fechado, mas está aberta, até de uma maneira externa, a Cristo, como em uma procissão que se dirige a Ele com o padre à sua frente; mais uma tal celebração litúrgica refletirá de maneira verdadeira o sacrifício de adoração de Cristo na Cruz; mais ricos serão os frutos que os participantes receberão em sua alma proveniente da glorificação de Deus; mais Deus os exaltará.

Mais o padre e os fiéis procurarão, em verdade, durante as celebrações eucarísticas, a glória de Deus e não a glória dos homens, e não procurarão receber a glória uns dos outros, mais Deus os honrará deixando que suas almas participem de maneira mais intensa e mais fértil da Glória e da Honra da Sua vida divina.

Atualmente, e em diversos lugares da terra, numerosas são as celebrações da Santa Missa onde se poderia dizer a seu propósito as seguintes palavras, invertendo as palavras do Salmo 113, versículo 9: "A nós, Senhor, e ao nosso nome seja dada a glória" e, ademais, a propósito de tais celebrações são aplicáveis as palavras de Jesus: "Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus?" (João 5, 44).

O Concílio Vaticano II emitiu, relativo a uma reforma litúrgica, os seguintes princípios:

1. O humano, o temporal, a atividade devem, durante a celebração litúrgica, orientar-se ao divino, ao eterno, à contemplação, e ter um papel subordinado em relação a eles (cf. Sacrosanctum Concilium, 2).

2. Durante a celebração litúrgica, dever-se-á incentivar a tomada de consciência de que a liturgia terrestre participa da liturgia celestial (cf. Sacrosanctum Concilium, 8).

3. Não deve haver absolutamente nenhuma inovação, portanto, nenhuma criação nova de ritos litúrgicos, sobretudo no rito da missa, salvo se por um benefício verdadeiro e certo em prol da Igreja, e sob condição de que se proceda com prudência e que, eventualmente, as formas novas substituam as formas existentes de maneira orgânica (cf. Sacrosanctum Concilium, 23).

4. Os ritos da missa devem ser de tal modo que o sagrado seja expresso mais explicitamente (cf. Sacrosanctum Concilium, 21).

5. O latim deve ser conservado na liturgia e sobretudo na Santa Missa (cf. Sacrosanctum Concilium, 36 e 54).

6. O canto gregoriano tem o primeiro lugar na liturgia (cf. Sacrosanctum Concilium, 116).

Os padres conciliares viam as suas propostas de reforma como a continuação da reforma de São Pio X (cf. Sacrosanctum Concilium, 112 e 117) e do Servo de Deus Pio XII, e, com efeito, na constituição litúrgica, é a encíclica Mediator Dei, do Papa Po XII, a que eles mais citaram.

O Papa Pio XII deixou à Igreja, entre outros, um princípio importante da doutrina sobre a Sagrada Liturgia, a saber, a condenação do que se chama o arqueologismo litúrgico, cujas propostas coincidiam largamente com as do sínodo jansenista e protestantizante de Pistóia, de 1786 (cf. "Mediator Dei", n° 63-64), e que, com efeito, evoca os pensamentos teológicos de Martinho Lutero.

É por isso que já o Concílio de Trento condenou as idéias litúrgicas protestantes, em particular a acentuação exagerada da noção de banquete na celebração eucaristica, em detrimento do carácter sacrifical, a supressão de sinais unívocos da sacralidade como expressão do mistério da liturgia (cf. Concílio de Trento, sessio XXII).

As declarações litúrgicas doutrinais do magistério, como, neste caso, as do Concílio de Trento e da encíclica Mediator Dei, que se refletem numa praxis litúrgica secular, ou mesmo milenar, constante e universal, portanto, fazem parte desse elemento da santa tradição que não se pode abandonar sem incorrer em grandes prejuízos no nível espiritual. Estas declarações doutrinais sobre a liturgia são retomadas pelo Vaticano II, como se pode constatar lendo os princípios gerais do culto divino na constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium.

Como erro concreto no pensamento e no agir do arqueologismo litúrgico, o Papa Pio XII cita a proposta apresentada de dar ao altar a forma de mesa (cf. Mediator Dei n° 62). Se já o Papa Pio XII recusou o altar na forma de mesa, imagine como a fortiori teria recusado a proposta de uma celebração ao redor de uma mesa "versus populum"!

Se a Sacrosanctum Concilium ensina no n° 2 que, na liturgia, a contemplação deve ter a prioridade e que toda celebração da missa deve ser orientada para os mistérios celestiais (cf. idem n° 2 e n° 8), encontramos aí um eco fiel da seguinte declaração do Concílio de Trento, que dizia: "Já que a natureza humana é tal, que não pode, facilmente e sem socorros exteriores, elevar-se a meditar as coisas divinas, por isso a Igreja, piedosa Mãe que é, instituiu certos ritos para se recitarem na missa, uns em voz submissa, outros em voz alta. Juntou a isto cerimônias, como bênçãos místicas, luzes, vestimentas e outras coisas congêneres da Tradição apostólica, com que se fizesse perceptível a majestade de tão grande sacrifício, e para que o entendimento dos fiéis se excitasse, por meio destes sinais visíveis da religião e da piedade, à contemplação das coisas altíssimas que se ocultam neste sacrifício." (sessio XXII, cap. 5 -- fonte da tradução aqui)

Os ensinamentos citados do magistério da Igreja e, sobretudo, os de Mediator Dei, eram indubitavelmente reconhecidos pelos Padres Conciliares como plenamente válidos; conseqüentemente, devem continuar hoje ainda a ser plenamente válidos para todos os filhos da Igreja.

Em sua carta dirigida a todos os bispos da Igreja Católica que Bento XVI acrescentou ao Motu Proprio Summorum Pontificum, de 7 de julho de 2007, o Papa faz esta declaração importante: "Na história da liturgia, há crescimento e progresso, mas não ruptura. O que foi sagrado para as gerações passadas deve permanecer sagrado e grande para nós". Dizendo isso, o Papa exprime o princípio fundamental da liturgia que o Concílio de Trento, o Papa Pio XII e Concílio Vaticano II ensinaram.

Quando se olha, sem idéias preconcebidas e de forma objetiva, a prática litúrgica da esmagadora maioria das igrejas em todo o mundo católico onde a forma ordinária do rito romano está em uso, ninguém pode negar, com toda franqueza, que os seis princípios litúrgicos mencionados do Concílio Vaticano II não são, ou são muito pouco, respeitados, embora se declare erroneamente que esta prática da liturgia foi desejada pelo Vaticano II. Há um certo número de aspectos concretos na prática litúrgica dominante atual, no rito ordinário, que representam uma verdadeira ruptura com a prática litúrgica constante de há mais de um milênio. Trata-se dos cinco usos litúrgicos seguintes, que se pode designar como sendo as cinco chagas do corpo místico litúrgico de Cristo. Trata-se de feridas, porque representam uma violenta ruptura com o passado, porque enfatizam menos o carácter sacrifical que é, todavia, absolutamente, o carácter central e essencial da missa, e enfatizam o banquete; tudo isso diminui os sinais externos de adoração divina, pois colocam menos em relevo o carácter do mistério naquilo que ele tem de celestial e eterno.

No que diz respeito a estas cinco chegas, com exceção de uma delas (as novas orações do ofertório), as outras não são previstas na forma ordinária do rito da missa, mas foram introduzidas pela prática de um modo deplorável.

A primeira chaga, e a mais evidente, é a celebração do sacrifício da missa em que padre celebra voltado para os fiéis, especialmente durante a oração eucarística e a consagração, o momento mais elevado e sagrado da adoração devida a Deus. Esta forma externa corresponde, por natureza, mais à forma com que nos comportamos quando compartilhamos uma refeição. Estamos na presença de um círculo fechado. E esta forma absolutamente não está em conformidade com o momento da oração e, ainda menos, com o da adoração. Ora, esta forma não foi desejada de modo algum pelo Concílio Vaticano II e nunca foi recomendada pelo magistério dos Papas pós-conciliares. O Papa Bento XVI escreve em seu prefácio ao primeiro volume de suas obras completas: "A idéia de que o padre e a assembléia devam se olhar durante a oração nasceu entre os modernos e é totalmente alheia à cristandade tradicional. O padre e a assembléia não se dirigem mutuamente uma oração, mas ao Senhor. É por isso que na oração eles olham para a mesma direção: quer para o leste, como símbolo cósmico do retorno do Senhor, ou então, onde isso não é possível, para uma imagem de Cristo situada na abside, para uma cruz ou simplesmente juntos para o alto".

A forma de celebração em que todos dirigem seu olhar à mesma direcção (conversi ad orientem, ad Crucem, ad Dominum) é mesmo evocada nas rubricas do novo rio da missa (cf. Ordo Missae, n. 25, n. 133 e n. 134). A celebração que se chama "versus populum" não corresponde certamente à ideia da Santa Liturgia tal como é mencionada nas declarações de Sacrosanctum Concilium n°2 e n° 8.

A segunda chaga é a comunhão na mão difundida praticamente por toda a parte do mundo. Não somente este modo de receber a comunhão não foi evocado de modo algum pelos Padres Conciliares do Vaticano II, mas foi, de fato, introduzido por um certo número de bispos em desobediência à Santa Sé e em desprezo ao voto negativo, em 1968, da maioria do corpo episcopal. Só posteriormente o Papa Paulo VI a legitimou, sob condições especiais e à contragosto.
http://asceseemistica.blogspot.pt/2012/02/nova-evangelizacao-e-sagrada-liturgia.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Le cinque piaghe del Corpo mistico e della Liturgia

 

4° Incontro per l’Unità Cattolica – 15 gennaio 2012

Intervento di Monsignor Athanasius Schneider
Vescovo ausiliare dell’arcidiocesi di Santa Maria d’Astana,
Segretario della Conferenza dei vescovi cattolici del Kazakhstan

Per parlare correttamente della nuova evangelizzazione è indispensabile portare innanzitutto il nostro sguardo su Colui che è il vero evangelizzatore, Nostro Signore Gesù-Cristo il Salvatore, il Verbo di Dio fatto uomo. Il figlio di Dio è venuto su questa terra per espiare e riscattare il più grande peccato, il peccato per eccellenza. E questo peccato per eccellenza dell’umanità consiste nel rifiuto di adorare Dio, nel rifiuto di riservargli il primo posto, il posto d’onore. Questo peccato degli uomini consiste nel fatto che non si presta attenzione a Dio, nel fatto che non si possiede più il senso delle cose, nel fatto che non si vuol vedere Dio, nel fatto che non ci si vuole inginocchiare davanti a Dio.
Di fronte ad un simile atteggiamento, l’incarnazione di Dio è imbarazzante, ugualmente e di riflesso imbarazzante è la presenza reale di Dio nel mistero eucaristico, imbarazzante la centralità della presenza eucaristica di Dio nelle chiese. L’uomo peccatore vuole in effetti mettersi al centro, tanto all’interno della Chiesa che al di fuori della celebrazione eucaristica, vuole esser visto, vuol farsi notare.
È la ragione per cui Gesù eucaristia, Dio incarnato, presente nei tabernacoli sotto la forma eucaristica, si preferisce piazzarLo di lato. Anche la rappresentazione del Crocifisso sulla croce in mezzo all’altare al momento della celebrazione di fronte al popolo è imbarazzante, perché il viso del prete se ne troverebbe nascosto. Dunque l’immagine del Crocifisso al centro come pure Gesù eucaristia nel tabernacolo similmente al centro dell’altare, sono imbarazzanti. Conseguentemente la croce e il tabernacolo sono piazzati di lato. Durante la celebrazione, chi assiste deve poter osservare in permanenza il viso del prete, di colui a cui piace mettersi letteralmente al centro della casa di Dio. E se per sbaglio Gesù eucaristia è quanto meno lasciato nel suo tabernacolo al centro dell’altare, perché il ministero dei beni culturali persino sotto un regime ateo, ha vietato di spostarlo per ragioni di conservazione del patrimonio artistico, il prete, spesso durante tutta la celebrazione liturgica, gli gira senza scrupolo le spalle.
Quante volte bravi fedeli adoratori del Cristo, nella loro semplicità ed umiltà, avranno esclamato : « Benedetti voi, Monumenti storici! Per lo meno voi ci avete lasciato Gesù al centro della nostra Chiesa. »
È solo a partire dall’adorazione e dalla glorificazione di Dio che la Chiesa può annunciare in maniera adeguata la parola di verità, cioè evangelizzare. Prima che il mondo ascoltasse Gesù, il Verbo eterno fattosi carne, predicare e annunciare il regno, Gesù ha taciuto e ha adorato per trent’anni. Ciò resta per sempre la legge per la vita e l’azione della Chiesa così come di tutti gli evangelizzatori. « È dal modo di curare la liturgia che si decide la sorte della Fede e della Chiesa », ha detto il cardinal Ratzinger, nostro attuale Santo Padre e Papa Benedetto XVI. Il concilio Vaticano II voleva richiamare alla chiesa la realtà e l’azione che dovevano prendere il primo posto nella sua vita. È ben per questo che il primo documento conciliare è dedicato alla liturgia. In esso il concilio ci dà i seguenti principi: Nella Chiesa e da qui nella liturgia, l’umano deve orientarsi al divino ed essergli subordinato, ed anche ciò che è visibile in rapporto all’invisibile, l’azione in rapporto alla contemplazione, e il presente in rapporto alla città futura, alla quale aspiriamo (cf. Sacrosanctum Concilium, 2). La nostra liturgia terrestre partecipa, secondo l’insegnamento del Vaticano II, al pregustare la liturgia celeste della città Santa, Gerusalemme (cf. idem, 2)
Per questo, tutto nella liturgia della Santa Messa deve servire ad esprimere in maniera più netta la realtà del sacrificio di Cristo, cioè le preghiere di adorazione, di ringraziamento, d’espiazione, che l’eterno Sommo-Sacerdote ha presentato al Padre Suo.
Il rito e tutti i dettagli del Santo Sacrificio della Messa devono incardinarsi nella glorificazione e nell’adorazione di Dio, insistendo sulla centralità della presenza del Cristo, sia nel segno e nella rappresentazione del Crocifisso, che nella Sua presenza eucaristica nel tabernacolo, e soprattutto al momento della consacrazione e della santa comunione. Più ciò è rispettato, meno l’uomo di pone al centro della celebrazione, meno la celebrazione somiglia ad un circolo chiuso, ma è aperta anche in maniera esteriore sul Cristo, come una processione che si dirige verso di lui col prete in testa, più una tale celebrazione liturgica rifletterà in modo fedele il sacrificio d’adorazione del Cristo in croce, più ricchi saranno i frutti provenienti dalla glorificazione di Dio che i partecipanti riceveranno nelle loro anime, più il Signore li onorerà.
Più il sacerdote e i fedeli cercheranno in verità durante le celebrazioni eucaristiche la gloria di Dio e non la gloria degli uomini, e non cercheranno di ricevere la gloria gli uni dagli altri, più Dio li onorerà lasciando partecipare la loro anima in maniera più intensa e più feconda alla Gloria e all’Onore della Sua vita divina. Nel momento attuale e in diversi luoghi della terra, sono numerose le celebrazioni della Santa Messa delle quali si potrebbero dire le seguenti parole, inversamente alle parole del Salmo 113,9: « A noi, o Signore, e al nostro nome dai gloria » ed inoltre a proposito di tali celebrazioni si applicano le parole di Gesù : « Come potete credere, voi che ricevete la vostra gloria gli uni dagli altri, e non cercate la gloria che viene da Dio solo ? » (Giovanni 5, 44).
Il Concilio Vaticano II ha emesso, riguardo ad una riforma liturgica, i seguenti principi:
  1. Durante la celebrazione liturgica, l’umano, il temporale, l’attività, devono orientarsi al divino, all’eterno, alla contemplazione e avere un ruolo subordinato in rapporto a questi ultimi (cf. Sacrosanctum Concilium, 2).
  2. Durante la celebrazione liturgica, si dovrà incoraggiare la presa di coscienza che la liturgia terrestre partecipa della liturgia celeste (cf. Sacrosanctum Concilium, 8).
  3. Non deve esserci alcuna innovazione, dunque alcuna nuova creazione di riti liturgici, soprattutto nel rito della Messa, tranne se ciò è per un frutto vero e certo in favore della Chiesa, e a condizione che si proceda con prudenza sul fatto che eventuali forme nuove sostituiscano in maniera organica le forme esistenti (cf. Sacrosanctum Concilium, 23).
  4. I riti della Messa devono esser tali che il sacro sia espresso più esplicitamente (cf. Sacrosanctum Concilium, 21).
  5. Il latino deve essere conservato nella liturgia e soprattutto nella Santa Messa (cf. Sacrosanctum Concilium, 36 e 54).
  6. Il canto gregoriano ha il primo posto nella liturgia (cf. Sacrosanctum Concilium, 116).
I padri conciliari vedevano le loro proposizioni di riforma come la continuazione della riforma di S. Pio X (cf. Sacrosanctum Concilium, 112 e 117) e del servo di Dio, Pio XII, e in effetti, nella costituzione liturgica, la più citata è l’enciclica Mediator Dei di papa Pio XII.
Papa Pio XII ha lasciato alla Chiesa, tra gli altri, un principio importante della dottrina sulla Santa liturgia, e ciè la condanna di ciò che chiama archeologismo liturgico, le cui proposizioni coincidevano largamente con quelle del sinodi giansenista e protestantizzante di Pistoia del 1976 (cf. « Mediator Dei », n° 63-64) e che di fatto richiamano le idee teologiche di Martin Lutero.
Perciò già il Concilio di Trento ha condannato le idee liturgiche protestanti, specialmente l”esagerata accentuazione di banchetto nella celebrazione eucaristica a detrimento del carattere sacrificale, la soppressione dei segni univoci della sacralità in quanto espressione del mistero della liturgia (cf. Concilio di Trento, sessio XXII).
Le dichiarazioni liturgiche dottrinali del magistero, come nel caso del Concilio di Trento e dell’enciclica Mediator Dei, che si riflettono in una prassi liturgica secolare, anzi da più di un millennio, costante e universale, queste dichiarazioni dunque, fanno parte di quell’elemento della santa tradizione che non si può abbandonare senza incorrere in grandi danni sul piano spirituale. Queste dichiarazioni dottrinali sulla liturgia, il Vaticano II le ha riprese, come può constatarsi leggendo i principi generali del culto divino nella costituzione liturgica Sacrosanctum Concilium.
Come errore concreto nel pensiero e nell’azione dell’archeologismo liturgico, il papa Pio XII cita la proposizione di dare all’altare la forma di una tavola (cf. Mediator Dei n° 62). Se già papa Pio XII rifiutava l’altare a forma di tavola, si immagini come avrebbe a fortiori rifiutato la proposizione di una celebrazione come intorno ad una tavola « versus populum » !
Se la Sacrosanctum Concilium al n° 2 insegna che, nella liturgia, la contemplazione deve avere la priorità e che tutta la celebrazione della messa deve essere orientata verso i misteri celesti (cf. idem n° 2 et n° 8), vi si trova un’eco fedele della seguente dichiarazione di Trento che diceva: « E perché la natura umana è tale, che non facilmente viene tratta alla meditazione delle cose divine senza piccoli accorgimenti esteriori, per questa ragione la chiesa, pia madre, ha stabilito alcuni riti, che cioè, qualche tratto nella messa, sia pronunziato a voce bassa, qualche altro a voce più alta. Ha stabilito, similmente, delle cerimonie, come le benedizioni mistiche; usa i lumi, gli incensi, le vesti e molti altri elementi trasmessi dall’insegnamento e dalla tradizione apostolica, con cui venga messa in evidenza la maestà di un sacrificio così grande, e le menti dei fedeli siano attratte da questi segni visibili della religione e della pietà, alla contemplazione delle altissime cose, che sono nascoste in questo sacrificio.» (sessio XXII, cap. 5).
I citati insegnamenti del magistero della Chiesa e soprattutto quello di Mediator Dei sono stati riconosciuti senza alcun dubbio anche dai padri conciliari come pienamente validi; di conseguenza essi devono continuare ancor oggi ad essere pienamente validi per tutti i figli della Chiesa.
Nella lettera indirizzata ai vescovi della Chiesa cattolica unita al Motu proprio Summorum Pontificum del 7 luglio 2007, il papa fa questa dichiarazione importante: « Nella storia della Liturgia c’è crescita e progresso, ma nessuna rottura. Ciò che per le generazioni anteriori era sacro, anche per noi resta sacro e grande, e non può essere improvvisamente del tutto proibito o, addirittura, giudicato dannoso ». Dicendo questo, il papa esprime il principio fondamentale della liturgia che il Concilio di Trento e papa Pio XII hanno insegnato.
Se si guarda senza idee preconcette e in maniera obbiettiva la pratica liturgica della stragrande maggioranza delle chiese in tutto il mondo cattolico nel quale è in uso la forma ordinaria del rito romano, nessuno può negare in tutta onestà che i sei principi liturgici menzionati dal Concilio Vaticano II sono rispettati poco o niente addirittura. Ci sono un certo numero di aspetti concreti nell’attuale pratica liturgica dominante, nel rito ordinario, che rappresentano una vera e propria rottura con una pratica religiosa costante da oltre un millennio. Si tratta dei cinque usi liturgici seguenti che si possono considerare come le cinque piaghe del corpo mistico liturgico del Cristo. Si tratta di piaghe, perché rappresentano una violenta rottura col passato, perché mettono apertamente meno l’accento sul carattere sacrificale che è quello centrale ed essenziale della messa, mettono avanti il banchetto; tutto ciò diminuisce i segni esteriori dell’adorazione divina, perché esse mettono meno in rilievo il carattere del mistero in ciò che ha di celeste ed eterno.
In ordine a queste cinque piaghe, si tratta di quelle che – ad eccezione di una (le nuove preghiere dell’offertorio) – non sono previste nella forma ordinaria del rito della messa, ma sono state introdotte in modo deplorevole dalla pratica.
La prima piaga, la più evidente, è la celebrazione del sacrificio della messa in cui il prete celebra volto verso i fedeli, specialmente durante la preghiera eucaristica e la consacrazione, il momento più alto e più sacro dell’adorazione dovuta a Dio. Questa froma esteriore corrisponde per sua natura più al modo in cui ci si comporta quando si condivide un pasto. Ci si trova in presenza di un circolo chiuso. E questa forma non è assolutamente conforme al momento della preghiera ed ancor meno a quello dell’adorazione. Ora questa forma, il concilio Vaticano II non l’ha auspicata affatto e non è mai stata raccomandata dal magistero dei papi postoconciliari. Papa Benedetto XVI nella sua prefazione al primo tomo della sua OperaOmnia scrive: « l’idea che sacerdote e popolo nella preghiera dovrebbero guardarsi reciprocamente è nata solo nella cristianità moderna ed è completamente estranea in quella antica. Sacerdote e popolo certamente non pregano uno verso l’altro, ma verso l’unico Signore. Quindi guardano nella preghiera nella stessa direzione: o verso Oriente come simbolo cosmico per il Signore che viene, o, dove questo non fosse possibile, verso una immagine di Cristo nell’abside, verso una croce, o semplicemente verso il cielo, come il Signore ha fatto nella preghiera sacerdotale la sera prima della sua Passione (Giovanni 17, 1). Intanto si sta facendo strada sempre di più, fortunatamente, la proposta da me fatta alla fine del capitolo in questione nella mia opera: non procedere a nuove trasformazioni, ma porre semplicemente la croce al centro dell’altare, verso la quale possano guardare insieme sacerdote e fedeli, per lasciarsi guidare in tal modo verso il Signore, che tutti insieme preghiamo. ».
La forma di celebrazione in cui tutti portano il loro sguardo nella stessa direzione (conversi ad orientem, ad Crucem, ad Dominum) è anche evocata dalle rubriche del nuovo rito della messa (cf. Ordo Missae, n. 25, n. 133 et n. 134). La celebrazione che si dice « versus populum » certamente non corrisponde all’idea della Santa Liturgia tal quale è menzionata nelle dichiarazioni di Sacrosanctum Concilium n°2 et n° 8.
La seconda piaga è la comunione sulla mano diffusa dappertutto nel mondo. Non soltanto questa modalità di ricevere la comunione non è stata in alcun modo evocata dai Padri conciliari del Vaticano II, ma apertamente introdotta da un certo numero di vescovi in disobbedienza verso la Santa Sede e nel disprezzo del voto negativo nel 1968 della maggioranza del corpo episcopale. Solo successivamente papa Paolo VI l’ha legittimata controvoglia, a condizioni particolari.
Papa Benedetto XVI, dopo la Festa del Corpus Domini 2008, non distribuisce più la comunione che a fedeli in ginocchio e sulla lingua, e ciò non soltanto a Roma, ma anche in tutte le chiese locali alle quali rende visita. Attraverso ciò egli donò all’intera Chiesa un chiaro esempio di magistero pratico in materia liturgica. Se la maggioranza qualificata del corpo episcopale, tre anni dopo il concilio, ha rifiutato la comunione nella mano come qualcosa di nocivo, quanti più Padri conciliari l’avrebbero fatto ugualmente!
La terza piaga, sono le nuove preghiere dell’offertorio. Esse sono una creazione interamente nuova e non sono mai state usate nella Chiesa. Esse esprimono meno l’evocazione del mistero del sacrificio della croce che quella di un banchetto, richiamando le preghiere del pasto ebraico del sabato. Nella tradizione più che millenaria della Chiesa d’Occidente e d’Oriente, le preghiere dell’offertorio sono sempre state espressamente incardinate al sacrificio della croce (cf. p. es. Paul Tirot, Storia delle preghiere d’offertorio nella liturgia romana dal VII al XVI secolo, Roma 1985). Una tale creazione assolutamente nuova è senza nessun dubbio in contraddizione con la formulazione chiara del Vaticano II che richiama « Innovationes ne fiant … novae formae ex formis iam exstantibus organice crescant » (Sacrosanctum Concilium, 23).
La quarta piaga è la sparizione totale del latino nell’immensa maggioranza delle celebrazioni eucaristiche della forma ordinaria nella totalità die paesi cattolici. È una infrazione diretta contro le decisioni del Vaticano II.
La quinta piaga è l’esercizio dei sevizi liturgici di lettori e di accoliti donne, così come l’esercizio degli stessi servizi in abito civile penetrando nel coro durante la Santa Messa direttamente oltre lo spazio riservato ai fedeli. Quest’abitudine non è giammai esistita nella Chiesa, o per lo meno non è mai stata la benvenuta. Essa conferisce alla messa cattolica il carattere esteriore di qualcosa di informale, il carattere e lo stile di un’assemblea piuttosto profana. Il secondo concilio di Nicea vietava già, nel 787, tali pratiche, redigendo questo canone: « Se qualcuno non è ordinato, non gli è permesso fare la lettura dall’ambone durante la santa liturgia », (can. 14). Questa norma è stata costantemente rispettata nella Chiesa. Solo i suddiaconi o i lettori avevano il diritto fare la lettura durante la liturgia della Messa. Al posto dei lettori e accoliti mancanti, sono uomini o ragazzi in veste liturgica che possono farlo, e non donne, essendo un dato di fatto che il sesso maschile sul piano sacramentale dell’ordinazione non sacramentale dei lettori ed accoliti, rappresenta simbolicamente il primo legame con gli ordini minori.
Nei testi del Vaticano II, non è fatta alcuna menzione della soppressione degli ordini minori e del suddiaconato, né dell’introduzione di nuovi ministeri. Nella Sacrosanctum Concilium n° 28, il concilio fa la differenza tra « minister » e « fidelis » durante la celebrazione liturgica, e sancisce che l’uno e l’altro hanno diritto di fare ciò che loro spetta in ragione della natura della liturgia. Il n° 29 meziona i « ministrantes », cià gli addetti al servizio dell’altare che non hanno ricevuto alcuna ordinazione. In opposizione a costoro ci sarebbero, scondo i termini giuridici dell’epoca, i « ministri », cioè coloro che hanno ricevuto un ordine maggiore o minore che sia.
Con il Motu proprio Summorum Pontificum, Papa Benedetto XVI afferma che entrambe le forme del Rito romano sono da guardare e trattare con lo stesso rispetto, perché la Chiesa rimane la stessa prima e dopo il Concilio. Nella lettera che accompagna il Motu proprio, il Papa auspica che le due forme si arricchiscano reciprocamente. Inoltre, auspica che nella nuova forma “appaia, più di quanto non sia avvenuto finora, il senso del sacro che attira molte persone verso il vecchio rito.”
Le quattro ferite liturgiche o usi infelici (celebrazione versus populum, comunione nella mano, totale abbandono del latino e del canto gregoriano e l’intervento delle donne per il servizio di lettura e quello di accolito) non hanno di per sé nulla a che fare con la forma ordinaria della Messa e sono inoltre in contraddizione con i principi liturgici del Vaticano II. Se si ponesse fine a questi usi, si ritornerebbe al vero insegnamento del Vaticano II. E allora le due forme del Rito romano si avvicinerebbero enormemente così che, almeno esternamente, non si dovrebbe constatare una rottura fra di loro e, quindi, nessuna rottura tra la Chiesa di prima del Concilio e quella del dopo.
Per quel che riguarda le nuove preghiere dell’Offertorio, sarebbe auspicabile che la Santa Sede le sostituisca con le preghiere corrispondenti della forma straordinaria o almeno che permetta il loro uso ad libitum. Così, non è solo esteriormente, ma interiormente, che la rottura tra le due forme sarebbe evitata. La rottura nella liturgia, è appunto quel che la maggior parte dei padri conciliari non ha voluto ; lo testimoniano gli atti del Concilio, perché in duemila anni di storia della liturgia nella Santa Chiesa, non c’era mai stata rottura liturgica e, pertanto, non deve mai essercene. Invece ci deve essere una continuità come deve essere per il Magistero.
È per questo che c’è bisogno oggi di nuovi Santi, di una o più Santa Caterina da Siena. Abbiamo bisogno della “vox populi fidelis” che reclama la soppressione di questa rottura liturgica. Ma il tragico della storia, è che oggi, come al momento dell’esilio di Avignone, una larga maggioranza del clero, soprattutto del clero alto, si accontenta di questo esilio, di questa rottura.
Prima che possiamo aspettarci frutti efficaci e duraturi dalla nuova evangelizzazione, deve innanzitutto instaurarsi un processo di conversione all’interno della Chiesa. Come si può chiamare gli altri a convertirsi fino a quando, tra chi la reclama, nessuna conversione convincente a Dio non è ancora avvenuta perché, nella liturgia, non sono sufficientemente rivolti a Dio, sia interiormente che esteriormente. Si celebra il sacrificio della Messa, il sacrificio di adorazione di Cristo, il più grande mistero della fede, l’atto di adorazione più sublime in un cerchio chiuso, guardandosi a vicenda.
Manca la necessaria “conversio ad Dominum“, anche esternamente, fisicamente. Perché durante la liturgia si tratta Cristo come se non fosse Dio e non Gli si mostrano i segni esterni chiari di un’adorazione dovuta a Dio solo, non solo nel fatto che i fedeli ricevono la Santa Comunione in piedi ma che la prendono nelle loro mani come un cibo ordinario, prendendolo e mettendolo loro stessi in bocca . C’è il pericolo di una sorta di arianesimo o un semi-arianesimo eucaristico.
Una delle condizioni necessarie per una fruttuosa nuova evangelizzazione sarebbe la testimonianza di tutta la Chiesa sul piano del culto liturgico pubblico, osservando almeno questi due aspetti del culto divino, vale a dire:
  1. Che su tutta la terra la Santa Messa sia celebrata, anche nella forma ordinaria, nella “conversio ad Dominum“, interiormente e necessariamente anche esternamente.
  2. Che i fedeli pieghino il ginocchio davanti a Cristo al momento della Santa Comunione, come San Paolo lo domanda, evocando il nome e la persona di Cristo (cfr. Phil 2, 10) e che Lo ricevano con il più grande amore e il massimo rispetto possibile, come è suo diritto in quanto Vero Dio.
Dio sia lodato, Papa Benedetto ha iniziato, con due misure concrete, il processo di ritorno dall’esilio avignonese liturgico, attraverso il Motu proprio Summorum Pontificum e la reintroduzione del rito tradizionale per la comunione.
C’è ancora molto bisogno di preghiera e forse di una nuova Santa Caterina da Siena perché seguano gli altri passi, in modo da guarire le cinque piaghe sul corpo liturgico e mistico della Chiesa e perché Dio sia venerato nella liturgia con lo stesso amore, rispetto, senso del sublime che hanno sempre rappresentato la realtà della Chiesa e del suo insegnamento, specialmente attraverso il concilio di Trento, papa Pio XII nella sua enciclica Mediator Dei, il concilio Vaticano II nella sua costituzione Sacrosanctum Concilium e papa Benedetto XVI nella sua teologia e liturgia, nel suo magistero liturgico pratico e nel Motu proprio citato.
Nessuno può evangelizzare se non ha prima adorato, e parimenti se non adora in permanenza e non dà a Dio, il Cristo Eucaristia, la vera priorità nella maniera di celebrare e in tutta la sua vita. In aeffetti, per riprendere le parole del card Joseph Ratzinger : « È nel modo di trattare la Liturgia che si decide la sorte della Fede e della Chiesa ».
© 2012 Réunicatho via Chiesa e post-concilio. trad. di Maria Guarini.
 

domingo, 9 de setembro de 2012

A última parte da entrevista ao Bispo D. Athanasius Schneider à Paix Liturgique

Entrevista D. Athanasius Schneider – parte IV

A última parte da entrevista ao Bispo D. Athanasius Schneider à Paix Liturgique. On-line já se encontra a tradução para português da primeira parte deste entrevista.
Ecco l’ultima parte dell’intervista esclusiva rilasciata per la nostra lettera da S.E. Mons. Athanasius Schneider, vescovo ausiliare di Karaganda nel Kazakistan. In questa occasione, Sua Eccellenza ci fa condividere il suo sguardo di cristiano d’Oriente sui temi dell’Offertorio tradizionale, della formazione dei sacerdoti e dell’inculturazione della fede cattolica nei paesi dell’Asia centrale.
8 ) Nel settembre 2001, in un saluto alla plenaria della Congregazione per il Culto Divino, Papa Giovanni Paolo II aveva sottolineato il fatto che: “Nel Messale Romano, detto di San Pio V, come in diverse Liturgie orientali, vi sono bellissime preghiere con le quali il sacerdote esprime il più profondo senso di umiltà e di riverenza di fronte ai santi misteri: esse rivelano la sostanza stessa di qualsiasi Liturgia.” (*) Possiamo considerare che l’Offertorio tridentino sia una di queste preghiere? O dobbiamo considerare, piuttosto, che la sua sparizione sia uno dei punti positivi della riforma liturgica, così come sostengono ancora oggi numerosi modernisti (vedere SE Mons. Pierre Raffin, Vescovo di Metz che in un’intervista del 2003 – in “Enquête sur L’Esprit de la Liturgie” – si dichiarava “felice della soppressione delle preghiere d’offertorio delle quali posso dimostrare il carattere eteroclito”)?
AS: In tutta la storia della liturgia romana, ma anche nelle liturgie orientali, l’Offertorio è sempre stato legato all’attuazione del sacrificio del Golgotha. Non si trattava di preparare la Cena, ma di preparare il sacrificio eucaristico che aveva come frutto il convivio della comunione eucaristica. Ciò che si offre, viene dato per il sacrifico della Croce, si tratta di ciò che possiamo chiamare “un’anticipazione simbolica”.
L’Offertorio richiama tutti i sacrifici dell’Antico Testamento, partendo dai grandi offertori di Melchisedech e di Abele. E’ una crescita continua fino al sacrifico del Golgotha. Questa visione biblica giustifica pienamente l’Offertorio tradizionale senza dimenticare i riti orientali che sono ancora più solenni nella loro anticipazione del Mistero della Croce.
Così come per Sant’Agostino “il Nuovo Testamento era nascosto nel Antico Testamento”, potremmo dire che la Consacrazione è nascosta nell’Offertorio. Quindi, direi proprio il contrario: l’Offertorio tradizionale è tutto tranne che eteroclito, è un puro prodotto della logica biblica della storia della salvezza.
9) Per una miglior pratica della liturgia, non è forse giunto il momento rivedere la formazione nei seminari? Pensando alla Francia potremmo citare l’insegnamento del latino, che pur rimanendo la lingua sacra della Chiesa non viene quasi più praticato, e anche l’approccio alla celebrazione della forma ordinaria, che spesso è lasciato all’ispirazione personale. Per non parlare della possibilità di scoprire la liturgia tradizionale, cosa rarissimamente offerta ai seminaristi. Senza giudicare i suoi fratelli francesi, può dirci, Eccellenza, qual’è la situazione nel seminario di Karaganda, unico seminario cattolico nell’Asia Centrale?
AS: In realtà, la situazione dell’insegnamento del latino nei seminari è grave in tutto il mondo, non soltanto in Francia. E’ una cosa che succede contro ogni volontà della Chiesa e del Santo Padre ma anche del Concilio Vaticano II. La Costituzione sulla Sacra Liturgia “Sacrosanctum Concilium” prevedeva in termini chiari che: “L’uso della lingua latina, salvo diritti particolari, sia conservato nei riti latini.” Nella sua esortazione apostolica Sacramentum Caritatis del febbraio 2007, Papa Benedetto XVI chiedeva “che i futuri sacerdoti, fin dal tempo del seminario, siano preparati a comprendere e a celebrare la santa Messa in latino, nonché a utilizzare testi latini e a eseguire il canto gregoriano; non si trascuri la possibilità che gli stessi fedeli siano educati a conoscere le più comuni preghiere in latino, come anche a cantare in gregoriano certe parti della liturgia”.
I sacerdoti devono essere padroni della lingua latina. Credo che in tutti i seminari dovrebbe venire celebrata e insegnata la Santa Messa (rito ordinario) in latino e anche periodicamente nella forma straordinaria. Questo gioverebbe molto alla dignità stessa della liturgia.
A Karaganda, abbiamo una quindicina di seminaristi (per una popolazione di 150.000 cattolici nel paese) e proviamo a fare modo che nella formazione il latino sia un elemento importante.
10) Nei paesi dove il cattolicesimo è soltanto una religione minoritaria, se non addirittura marginale, come succede nel Kazakistan (il 2% della popolazione), l’uso della lingua volgare e della liturgia moderna è stato spesso presentato come un aiuto per “l’incarnazione del Vangelo nelle culture autoctone, e, nelle stesso tempo, l’introduzione di queste culture nella vita della Chiesa” secondo la definizione dell’inculturazione data da Giovanni Paolo II nell’enciclica Slavorum Apostoli (VI, 21). In merito alla sua esperienza, Eccellenza, può dirci se la liturgia romana in latino e gregoriano – e non importa che sia nella forma ordinaria o straordinaria – possa o no rappresentare un ostacolo per l’inculturazione del cattolicesimo in Asia?
AS: Si deve tenere presente che il contesto dell’Asia centrale è molto diverso da quello europeo. Non si può fare a meno di ricordare i 70 anni di regime sovietico, così come si deve considerare oggi il peso della presenza musulmana. Inoltre sono ancora presenti l’elemento slavo ortodosso e la dimensione bizantina. Dunque, siamo culturalmente ben lontani dal mondo latino.
Celebrare la liturgia totalmente in lingua latina, nel nostro contesto specifico, sarebbe difficile da realizzare. Si potrebbe però immaginare di usare una lingua slava come lingua liturgica e poi gradualmente introdurre l’uso del latino per qualche parte della liturgia.
Ci sono due precedenti storici:
- Nel IX secolo, sulla scia dell’azione dei santi Cirillo e Metodio, la Chiesa autorizzò l’uso della lingua slava in Dalmazia e Boemia e Moravia, disposizione che resisterà fino al concilio Vaticano II nel caso della Dalmazia, l’attuale Croazia.
- Nel 1949, Papa Pio XII fece pubblicare un indulto che concedeva ai sacerdoti della Cina di celebrare la messa in cinese, tranne il Canone che doveva rimanere in latino.
Questi due precedenti storici sono noti in Kazakistan (il paese ha una frontiera in comune con la Cina) e potrebbero essere fonti d’ispirazione per una disposizione da parte della Santa Sede a favore dell’uso della lingua russa nella forma straordinaria del Rito Romano. ■
In Paix Liturgique

Hoy 9 de septiembre será consagrada la catedral de la diócesis de Karaganda, en Kazajistán, en una solemne concelebración presidida por el cardenal Angelo Sodano, decano del Colegio Cardenalicio y Legado Pontificio para la consagración.

'Un silencioso pero también potente signo y medio de evangelización'
Mons. Athanasius Schneider, obispo auxiliar de Karaganda, Kazajstán.
Entrevista con monseñor Athanasius Schneider, obispo auxiliar de la diócesis de Karaganda, Kazajistán
Por Paul De Maeyer
ROMA, jueves 30 agosto 2012 (ZENIT.org).- El próximo domingo 9 de septiembre será consagrada la catedral de la diócesis de Karaganda, en Kazajistán, en una solemne concelebración presidida por el cardenal Angelo Sodano, decano del Colegio Cardenalicio y Legado Pontificio para la consagración.

La catedral fue pensada y querida por el entonces arzobispo de Karaganda, monseñor Jan Pawel Lenga, y el obispo auxiliar, monseñor Athanasius Schneider, quien encargó al pintor, escultor y profesor de Arte Rodolfo Papa un ciclo pictórico de 14 telas dedicadas a la Eucaristía, para la cripta. Monseñor Schneider ha dedicado a la Eucaristía el libro en italiano Dominus est. Riflessioni di un vescovo dell’Asia centrale sulla Sacra Comunione, Librería Editorial Vaticana 2008 (con prólogo de monseñor Malcolm Ranjith).

En la siguiente entrevista, monseñor Schneider explica las razones históricas y espirituales que subyacen a la construcción de la catedral y al encargo del ciclo pictórico.

¿Cuál es el significado histórico y espiritual de la construcción de esta catedral en Karaganda?
--La primera razón es ésta: disponer de una catedral en un lugar más digno y visible, puesto que la diócesis usaba hasta ahora un edificio construido aún en el tiempo de la persecución, que se encuentra en la periferia de la ciudad y exteriormente no se reconoce como iglesia. Una catedral en un lugar más central, construida en un estilo inconfundiblemente católico, como el neogótico, será una silenciosa si bien potente señal y medio de evangelización, en un país donde los católicos son alrededor del 1% o 2% de la población, con una mayoría musulmana y una fuerte minoría ortodoxa. Además, hay una parte considerable de la población que no pertenece a ninguna religión, son personas en búsqueda de Dios.

La arquitectura de la catedral y los objetos en su interior han sido realizados con el mayor esmero posible, de manera que representen una verdadera belleza artística y al mismo tiempo la sacralidad y el sentido sobrenatural. Todo esto es adecuado para incitar el sentido religioso y de fe en los fieles y visitantes, bien como para expresar un acto de adoración a la Santísima Trinidad. Es decir, todo se presta a facilitar el cumplimiento del primer mandamiento y la finalidad última de toda la creación: la adoración y la glorificación de Dios.

Su significado histórico y espiritual tiene también el siguiente aspecto: la nueva catedral es un lugar sagrado para la memoria de las innumerables víctimas del régimen comunista, ya que en los alrededores de Karaganda existió uno de los más terribles campos de concentración, los gulag, en los que padecieron personas de más de cien grupos étnicos diversos. Así la nueva catedral será un santuario de oración y expiación por los crímenes del régimen ateo y comunista.

La belleza arquitectónica, las obras de arte, el órgano de la nueva catedral, serán también un medio de promoción de la cultura.


Vista exterior de la nueva catedral de Karaganda.


¿Cómo han acogido las autoridades políticas y la comunidad islámica esta iniciativa católica?
--Mons. Schneider: Con sentido de respeto hacia la Iglesia católica. Las autoridades civiles se sienten honradas de tener en la propia ciudad un edificio de tal extraordinaria belleza arquitectónica y de tanto significado cultural. Las autoridades civiles consideran la nueva catedral como un gesto de la Iglesia católica en beneficio de la cultura.

Una pequeña comunidad católica es capaz de construir una catedral en tierra de misión. ¿Podríamos decir que esto sea un modelo para estimular un renacimiento de la fe en la vieja Europa?
--Mons. Schneider: La pequeña comunidad católica era capaz sobre todo hacer una contribución espiritual para la construcción. Pero el mayor aporte material proviene de nuestros hermanos de la vieja Europa. Lo que es bello, ya que manifiesta la solidaridad fraterna, un fraternal intercambio de dones, similar al de los primeros tiempos de la Iglesia, cuando las comunidades más ricas ayudaban a las más necesitadas.

La fe renacerá en la vieja Europa cuando se dará siempre el primer lugar a Jesús en todas las cosas, cuando la vida de fe se hará siempre más concreta, visible, y más “encarnada”.

¿Cuáles son los problemas que cotidianamente afronta la comunidad católica en Kazajistán?
--Mons. Schneider: Los problemas cotidianos son la insuficiencia de sacerdotes, las enormes distancias entre las comunidades parroquiales, los insuficientes medios materiales para las obras de construcción de iglesias y para las obras sociales y educacionales, la emigración de los jóvenes al exterior y algunas trabas de tipo burocrático.

¿Cuáles son las relaciones con otras confesiones cristianas?
--Mons. Schneider: Las relaciones con las otras confesiones cristianas son buenas. A veces se efectúan encuentros con obispos y sacerdotes de la Iglesia ruso-ortodoxa y con representantes de las comunidades protestantes. Tenemos, digamos así, un ecumenismo de vida, donde las relaciones humanas son más importantes que las discusiones teóricas y doctrinales. Con los hermanos ruso-ortodoxos y protestantes llevamos a cabo obras comunes en el ámbito de defensa de la vida.

¿Cuál ha sido la evolución y las perspectivas?
--Mons. Schneider: Deseamos conservar las relaciones de respeto recíproco, las relaciones personales de amistad y continuar a realizar obras comunes para la defensa de la vida y de los valores morales.

El arte es seguramente un instrumento de evangelización eficaz, como nos recuerda el Magisterio, y el Santo Padre nos alienta y estimula a utilizarla. ¿Puede contarnos su experiencia de haber encargado tanto arte y belleza en su diócesis, como señal de testimonio de la fe católica?
--Mons. Schneider: La construcción de una nueva catedral con una verdadera estética sacral, con obras de arte, etc., constituye también una proclamación del primer deber de la Iglesia: dar a Dios, a Dios encarnado, el primer lugar, un lugar visible, puesto que Dios se hace visible en la Encarnación y en la Eucaristía; dar a Dios el primer lugar también en el sentido de ofrecer en su honor una belleza artística, ya que Dios es autor de toda belleza y merece recibir obras verdaderamente bellas como homenaje de parte de los creyentes.

Además, una catedral puede ser una concreta manifestación del tierno amor de la comunidad creyente, la Esposa de Cristo, hacia el Cuerpo de Cristo, ofreciendo en honor de este cuerpo de Cristo, en un cierto sentido, la santa prodigalidad de la mujer pecadora, quien ofreció en honor de Cristo un vaso de perfume precioso extraordinariamente grande (“más de trecientos denarios”, cf. Mc 14, 4). Para ungir el cuerpo de Cristo, la mujer pecadora ofreció una suma con la cual se podía mantener a una familia por un año entero. Las personas presentes se indignaron por tal derroche. Jesús en cambio elogió ese santo derroche diciendo “Una buena obra es la que ha hecho conmigo” (Mc 14, 6). Se debe aún hacer el “santo derroche” por Jesús.

Muchas personas ya han visitado la nueva catedral. La mayoría eran no católicas e incluso no cristianas. Y han quedado atraídos por su belleza. Han expresado visiblemente la propia admiración. Algunas mujeres no cristianas han llorado de emoción en mi presencia. En cierta oportunidad, mostré durante una media hora la catedral a una pareja no cristiana, explicando todos los detalles de arte y de objetos sagrados. Cuando acabamos y salimos fuera, la mujer me dijo: “En esta media hora he purificado mi alma. ¿Puedo volver otra vez? Quisiera admirar en silencio estas bellezas”. Naturalmente le respondí que podía venir cuando quisiera. En esa media hora, mediante la explicación del arte sacro, ofrecí una lección sobre la verdad de la fe católica.

La reacción de casi todas las personas que hasta ahora han visitado la catedral, especialmente personas no cristianas, ha sido espontánea: admiración, silencio, apertura a lo sobrenatural. He constatado en estos casos que el alma humana es naturalmente cristiana, como afirmaba Tertuliano. Vale decir, en el alma humana Dios ha inscrito la capacidad de conocerlo, de venerarlo. El deber de los católicos es conducir estas almas abiertas hacia la fe y hacia la adoración de lo sobrenatural, a la fe y a la adoración de Cristo, de la Santísima Trinidad, de conducirlas al cielo. En las grandes puertas de bronce al ingreso de la catedral están escritas estas palabras de la Sagrada Escritura: “Aquí está la casa de Dios, esta es la puerta del cielo” (Domus Dei - porta caeli). Bien, estas palabras sagradas son un lema muy adecuado para esta catedral, es decir, para esta visible obra de evangelización, como también para toda la obra de evangelización.

¿Podría indicarnos el significado espiritual y teológico de las pinturas que ha encomendado para la cripta?
--Mons. Schneider: Quería expresar en la catedral, en el modo más profundo, el misterio de la Santísima Eucaristía, ya que la Eucaristía construye espiritualmente la Iglesia, la Eucaristía hace vivir a la Iglesia continuamente hasta el fin de los tiempos. El verdadero cimiento de la Iglesia es la Eucaristía. Por ello he colocado en la cripta, cerca de los cimientos de la catedral, un ciclo de 15 imágenes sobre la Eucaristía, en analogía con las 14 estaciones del Via Crucis en la nave principal.

Toda la Sagrada Escritura nos anuncia a Cristo hecho carne, hecho hombre. Pero Cristo se ha hecho Eucaristía, nos ha dejado su carne, verdaderamente y substancialmente presente en el misterio eucarístico. En un cierto sentido podemos decir que toda la Sagrada escritura non anuncia Cristo en el misterio de la Eucaristía. Así he escogido las imágenes eucarísticas más conocidas de la Sagrada Escritura, es decir, la simbología eucarística más conocida: el sacrificio de Abel, el sacrificio de Melquisedec, el sacrificio de Abraham, el cordero pascual, el alimento del profeta Elías mientras estaba en camino hacia el monte de Dios, el templo de Jerusalén, Belén como “casa del pan”, el milagro en las bodas de Caná, la multiplicación de los panes, el discurso eucarístico de Juan, la Última Cena, Emaús, el Ángel en la Jerusalén Celestial.

Las relaciones entre un obispo y un artista son tal vez el secreto del logro de una obra tan importante. ¿Podría decirnos algo de su experiencia de prelado que ha encomendado estas 14 telas al artista y teórico del arte Rodolfo Papa? ¿Cómo nació su colaboración y como se han desarrollado las relaciones de confianza necesarias para que nacieran obras maestras?
--Mons. Schneider: El “ciclo eucarístico” ha sido mi último sueño para la catedral. Sabía que algo faltaba sin el “ciclo eucarístico”. Pedí al Señor que me mandase un artista sobre todo profundamente creyente, un artista que amara la Eucaristía, un artista que supiera pintar en modo verdaderamente sacro y edificante para los creyentes. A través de un conocido, supe del profesor Rodolfo Papa. Cuando vi algunas de sus obras religiosas, y hablé con el sobre la fe y sobre la Eucaristía, comprendí que era éste el artista que Dios me mandaba. Mi convicción se consolidó cuando leí su libro sobre la teología del arte sacro Discorsi sull’arte sacra (con introducción del cardenal Cañizares Llovera, Cantagalli, Siena 2012).
UNA CATEDRAL DEDICADA A LA VIRGEN DE FÁTIMA SUSTITUYE A UN ANTIGUO GULAG EN KAZAJSTÁN

Bishop Athanasius Schneider, ORC

Bishop Athanasius Schneider - VESCOVO ESEMPLARE !!!

Bishop Athanasius Schneider, ORC
VESCOVO ESEMPLARE !!!

Il Vescovo Schneider continua il suo pellegrinaggio in tutto il mondoin difesa della Comunione tradizionale

Mons. Athanasius Schneider ha visitato l'Estonia 10 dicembre 2009, per la pubblicazione del suo libro DOMINUS EST in lingua estone. Dopo la presentazione, il vescovo Schneider ha celebrato una Messa Cantata nella Cattedrale dei Santi Pietro e Paolo.
Nella presentazione del libro il Vescovo ha spiegato come l'attuale forma di comunione nella mano non ha nulla a che fare con la pratica della comunione nella mano nei primi secoli. Il nuovo modo è stato adattato da alcuni preti liberali in Olanda direttamente dal calvinisti nel 1965.




Il Vescovo ha finalmente deciso di scrivere un libro per difendere il modo tradizionale di ricevere la Santa Comunione, e quando il lavoro era finito, ha consegnato un manoscritto al Santo Padre. Il Papa ha risposto al Vescovo elogiando il lavoro e la sua conoscenza della patristica.




Il Vescovo Schneider ha detto che aveva anche chiesto al Papa di non distribuire la Comunione nella mano nelle messe Papali, e anche se la risposta del Papa è stata di sostegno non era certo che ciò sarebbe accaduto. Ma dal momento che solo pochi mesi più tardi, tutti i comunicandi è stato richiesto di ricevere la Santa Comunione da parte del Papa solo in ginocchio e sulla lingua. Un vero miracolo, dice il vescovo Schneider. RORATE CAELI


Libreria Editrice Vaticana pubblica libro di Mons. Athanasius Schneider sulla sacra Comunione, con prefazione di Mons. Malcolm Ranjith



Dominus Est - Riflessioni di un Vescovo dell'Asia Centrale sulla sacra Comunione”, scritto da Mons. Athanasius Schneider, Vescovo Ausiliare di Karaganda (Kazakhstan), è stato stampato di recente dalla Libreria Editrice Vaticana, con prefazione del Segretario della Congregazione del Culto Divino e della Disciplina dei Sacramenti, Mons. Malcolm Ranjith.

Ecco la presentazione che si può leggere sulla contra-copertina di questo importante lavoro:

La sacra Comunione non è soltanto un momento conviviale del nutrimento spirituale, ma anche l'incontro personale più vicino possibile in questa vita del fedele con il Signore e Dio. L'atteggiamento interiore più vero in questo incontro è quello della recettività, dell'umiltà, dell'infanzia spirituale. Un Tale atteggiamento esige da parte nostra gesti tipici di adorazione e di riverenza. Ne abbiamo testimonianze eloquenti nella bimillenaria tradizione della Chiesa, caratterizzata dal detto “con amore e timore” (primo millennio) e “quanto puoi, tanto osa” (secondo millennio). L'autore riporta anche l'esempio di tre “donne eucaristiche” di sua conoscenza del tempo della clandestinità sovietica. Tali testimonianze possono incoraggiare ed istruire i cattolici del terzo millennio su come trattare il Signore nell'augusto momento della sacra Comunione.

* * *
PREFAZIONE
Nel Libro dell'Apocalisse, San Giovanni rac­conta come avendo visto e udito ciò che gli fu rivelato, si prostrava in adorazione ai piedi del­l'angelo di Dio (cf. Ap 22, 8). Prostrarsi o mettersi in ginocchio davanti, alla maestà della presenza di Dio, in umile adorazione, era un'abitudine di riverenza che Israele attuava sempre davanti alla presenza del Signore. Dice il primo libro dei Re: « quando Salomone ebbe finito di rivolgere al Si­gnore questa preghiera e questa supplica, si alzò davanti all'altare del Signore, dove era inginoc­chiato con le palme tese verso il cielo, si mise in piedi e benedisse tutta l'assemblea d'Israele » (1 Re 8, 54-55). La posizione della supplica del Re è chiara: Lui era in ginocchio davanti all'altare.

La stessa tradizione è visibile anche nel Nuo­vo Testamento dove vediamo Pietro mettersi in ginocchio davanti a Gesù (cf Lc 5, 8); Giairo per chiedergli di guarire sua figlia (Lc 8, 41), il Sama­ritano tornato a ringraziarlo e Maria, sorella di Lazzaro per chiedere il favore della vita per il suo fratello (Gv 11, 32). Lo stesso atteggiamento di prostrazione davanti allo stupore della presenza e rivelazione divina si nota in genere nel Libro dell'Apocalisse (Ap 5, 8, 14 e 19, 4).

Intimamente legato a questa tradizione, era la convinzione che il Tempio Santo di Gerusalem­me era la dimora di Dio e perciò nel tempio bi­sognava disporsi in atteggiamenti corporali espressivi di un profondo senso di umiltà e rive­renza alla presenza del Signore.

Anche nella Chiesa, la convinzione profonda che nelle specie Eucaristiche il Signore è vera­mente e realmente presente e la crescente prassi di conservare la santa comunione nei tabernaco­li, contribuì alla prassi di inginocchiarsi in atteg­giamento di umile adorazione del Signore nel­l'Eucaristia.

Difatti, riguardo alla presenza reale di Cristo nelle specie Eucaristiche il Concilio di Trento pro­clamò: « in almo sanctae Eucharistiae sacramento post panis et vini consecrationem Dominum nostrum Iesum Christum verum Deum atque hominem vere, realiter ac substantialiter sub specie illarum rerum sensibilium contineri » (DS 1651).

Inoltre, San Tommaso d'Aquino aveva già definito l'Eucaristia latens Deitas (S. Tommaso d'Aquino, Inni). E, la fede nella presenza reale di Cristo nelle specie eucaristiche apparteneva già d'allora all'essenza della fede della Chiesa Catto­lica ed era parte intrinseca dell'identità cattolica. Era chiaro che non si poteva edificare la Chiesa se tale fede veniva minimamente intaccata.

Perciò, l'Eucaristia, Pane transustanziato in Corpo di Cristo e vino in Sangue di Cristo, Dio in mezzo a noi, doveva essere accolta con stupo­re, massima riverenza e in atteggiamento di umi­le adorazione. Papa Benedetto XVI ricordando le parole di Sant'Agostino «nemo autem illam car­nem manducat, nisi prius adoraverit; peccemus non adorando» (Enarrationes in Psalmos 89, 9; CCL XXXIX, 1385) sottolinea che « ricevere l'Eucaristia significa porsi in atteggiamento di adorazione verso, colui che riceviamo [...] soltanto nell'ado­razione può maturare un'accoglienza profonda e vera » (Sacramentum Caritatis 66).

Seguendo questa tradizione è chiaro che as­sumere gesti e atteggiamenti del corpo e dello spirito che facilitano il silenzio, il raccoglimento, l'umile accettazione della nostra povertà davanti all'infinita grandezza e santità di Colui che ci vie­ne incontro nelle specie eucaristiche diventava coerente e indispensabile. Il miglior modo per esprimere il nostro senso di riverenza verso il Signore Eucaristico era quello di seguire l'esem­pio di Pietro che, come racconta il Vangelo, si gettò in ginocchio davanti al Signore e disse «Si­gnore, allontanati da me che sono un peccatore » (Lc 5, 8).

Ora, si nota come in alcune chiese, tale prassi viene sempre meno e i responsabili non solo im­pongono i fedeli a ricevere la Santissima Eucaristia in piedi, ma hanno persino eliminati tutti gli ingi­nocchiatoi costringendo i loro fedeli a stare seduti, o in piedi, anche durante l'elevazione delle specie Eucaristiche presentate per l'adorazione. E strano che tali provvedimenti siano stati presi nelle dio­cesi, dai responsabili della liturgia, o nelle chiese, dai parroci, senza una pur minima consultazione dei fedeli, anche se oggi più che mai, si parla in molti ambienti, di democrazia nella Chiesa.

Allo stesso tempo, parlando della comunione sulla mano bisogna riconoscere che fu una prassi introdotta abusivamente e in fretta in alcuni am­bienti della Chiesa subito dopo il Concilio, cam­biando la secolare prassi precedente e divenendo ora la prassi regolare per tutta la Chiesa. Si giu­stificava tale cambiamento dicendo che rifletteva meglio il Vangelo o la prassi antica della Chiesa.

E’ vero che se si riceve sulla lingua, si può ricevere anche sulla mano, essendo questo orga­no del corpo d'uguale dignità. Alcuni, per giusti­ficare tale prassi, si riferiscono alle parole di Gesù: « prendi e mangia » (Mc 14, 22; Mt 26, 26). Quali siano le ragioni a sostegno di questa prassi, non possiamo non ignorare ciò che succede a livello mondiale dove tale pratica viene attuata. Questo gesto contribuisce ad un graduale e crescente indebolimento dell'atteggiamento di riverenza ver­so le sacre specie Eucaristiche. La prassi prece­dente invece salvaguardava meglio quel senso di riverenza. Sono subentrati invece, una allarmante mancanza di raccoglimento e uno spirito di ge­nerale disattenzione. Si vedono ora dei comuni­candi che spesso tornano ai loro posti come se nulla di straordinario fosse accaduto. Maggior­mente distratti sono i bambini e gli adolescenti. In molti casi non si nota quel senso di serietà e silenzio interiore che devono segnalare la presen­za di Dio nell'anima.

Ci sono poi abusi di chi porta via le sacre specie per tenerle come souvenir, di chi le vende, o peggio ancora, di chi le porta via per profanare in riti satanici. Tali situazioni sono state rilevate. Persino nelle grandi concelebrazioni, anche a Ro­ma, varie volte sono state trovate delle specie sacre buttate a terra.

Questa situazione non ci porta solo a riflette­re sulla grave perdita di fede, ma anche sugli ol­traggi e offese al Signore che si degna di venirci incontro volendo renderci simili a lui, affinché rispecchi in noi la santità di Dio.

Il Papa parla della necessità non solo di ca­pire il vero e profondo significato dell'Eucaristia, ma anche di celebrarla con dignità e riverenza. Dice che bisogna essere consci dell'importanza « dei gesti e della postura, come inginocchiarsi durante i momenti salienti della preghiera Euca­ristica» (Sacramentum Caritatis, 65). Inoltre par­lando della ricezione della Santa Comunione in­vita tutti a: « fare il possibile perché il gesto nella sua semplicità corrisponda al suo valore di incon­tro personale con il Signore Gesù Cristo nel Sacramento » (Sacramentum Caritatis, 50).

In questa ottica è da apprezzare il Libretto scritto da S.E. Mons. Athanasius Schneider, Vescovo Ausiliare di Karaganda in Kazakhstan dal titolo molto significativo Dominus Est. Esso vuole dare un contributo alla discussione attuale sul­l'Eucaristia, presenza reale e sostanziale di Cristo nelle specie consacrate del Pane e del Vino. È significativo che Mons. Schneider inizi la sua Pre­sentazione con una nota personale ricordando la profonda fede eucaristica della sua mamma e di altre due donne, fede conservata fra tante soffe­renze e sacrifici che la piccola comunità dei cat­tolici di quel Paese ha sofferto negli anni della persecuzione sovietica. Partendo da questa sua esperienza, che suscitò in lui una grande fede, stupore e devozione per il Signore presente nel­l'Eucaristia, egli ci presenta un excursus storico-teologico che chiarisce come la prassi di ricevere la Santa Comunione in bocca e in ginocchio sia stata accolta e praticata nella Chiesa per un lungo periodo di tempo.

Ora io credo che sia arrivato il momento di valutare bene la suddetta prassi, e di rivedere e se, necessario, abbandonare quella attuale che difatti non fu indicata né nella stessa Sacrosanctum Con­cilium, né dai Padri Conciliari ma fu accettata do­po una introduzione abusiva in alcuni Paesi. Ora, più che mai, è necessario aiutare i fedeli a rinnovare una viva fede nella presenza reale di Cristo nelle specie Eucaristiche allo scopo di rafforzare la vita stessa della Chiesa e di difenderla in mezzo alle pericolose distorsioni della fede che tale si­tuazione continua a causare.

Le ragioni per tale mossa devono essere non tanto quelle accademiche ma quelle pastorali – spirituali come anche liturgiche – in breve, ciò che edifica meglio la fede. Mons. Schneider in questo senso mostra lodevole coraggio, perché ha saputo cogliere il vero significato delle parole di San Paolo: « ma tutto si faccia per l'edificazio­ne» (1 Cor 14, 26).

MALCOLM RANJITH
Segretario della Congregazione del Culto Divino e della Disciplina dei Sacramenti
Data di pubblicazione: 18 Gennaio 2008Formato: 11x17.5cmCodice ISBN: 978-88-209-8001-6EUR 8.0

Mons. Athanasius Schneider chiede un nuovo Sillabo


Mons. Athanasius Schneider chiede un nuovo Sillabo

"L’altro impedimento si manifestava nella mancanza di sapienti e allo stesso tempo intrepidi pastori della Chiesa che fossero pronti a difendere la purezza e l’integrità della fede e della vita liturgica e pastorale, non lasciandosi influenzare né dalla lode né dal timore.

Già il Concilio di Trento affermava in uno dei suoi ultimi decreti sulla riforma generale della Chiesa: “Il santo sinodo, scosso dai tanti gravissimi mali che travagliano la Chiesa, non può non ricordare che la cosa più necessaria alla Chiesa di Dio è scegliere pastori ottimi e idonei; a maggior ragione, in quanto il signore nostro Gesù Cristo chiederà conto del sangue di quelle pecore che dovessero perire a causa del cattivo governo di pastori negligenti e immemori del loro dovere” (Sessione XXIV, Decreto "de reformatione", can. 1).

Il Concilio proseguiva: “Quanto a tutti coloro che per qualunque ragione hanno da parte della Santa Sede qualche diritto per intervenire nella promozione dei futuri prelati o a quelli che vi prendono parte in altro modo il santo Concilio li esorta e li ammonisce perché si ricordino anzitutto che essi non possono fare nulla di più utile per la gloria di Dio e la salvezza dei popoli che impegnarsi a scegliere pastori buoni e idonei a governare la Chiesa”.

C’è dunque davvero bisogno di un Sillabo conciliare con valore dottrinale ed inoltre c’è il bisogno dell’aumento del numero di pastori santi, coraggiosi e profondamente radicati nella tradizione della Chiesa, privi di ogni specie di mentalità di rottura sia in campo dottrinale, sia in campo liturgico.

Questi due elementi costituiscono l’indispensabile condizione affinché la confusione dottrinale, liturgica e pastorale diminuisca notevolmente e l’opera pastorale del Concilio Vaticano II possa portare molti e durevoli frutti nello spirito della tradizione, che ci collega con lo spirito che ha regnato in ogni tempo, dappertutto e in tutti veri figli della Chiesa cattolica, che è l’unica e la vera Chiesa di Dio sulla terra"

Intervista a Mons. Athanasius Schneider alla vigilia della consacrazione della nuova Cattedrale di Karaganda, visibile opera d'arte a servizio dell'evangelizzazione

Una bella Chiesa, finalmente

Intervista a Mons. Athanasius Schneider alla vigilia della consacrazione della nuova Cattedrale di Karaganda, visibile opera d'arte a servizio dell'evangelizzazione

di Paul De Maeyer




Una bella Chiesa, finalmente

Intervista a Mons. Athanasius Schneider alla vigilia della consacrazione della nuova Cattedrale di Karaganda, "visibile opera d'arte a servizio dell'evangelizzazione"
di Paul De Maeyer

Domenica 9 settembre 2012, verrà consacrata la Cattedrale della Diocesi di Karaganda in Kazakistan, in una solenne concelebrazione presieduta dal card. Angelo Sodano, Decano del Collegio Cardinalizio e Legato Pontificio per la consacrazione. La cattedrale è stata pensata e voluta dall’allora arcivescovo-vescovo di Karagangda, mons. Jan Pawel Lenga, e dal vescovo ausiliare, mons. Athanasius Schneider, il quale ha commissionato all’artista prof. Rodolfo Papa un ciclo pittorico di 14 tele dedicate all'Eucaristia, per la cripta. Mons. Schneider ha dedicato alla Eucaristia il libro "Dominus est. Riflessioni di un vescovo dell’Asia centrale sulla Sacra Comunione", Libreria Editrice Vaticana 2008 (con prefazione di mons. Malcolm Ranjith). Nell’intervista che segue, Mons. Schneider spiega le ragioni storiche e spirituali sottese alla costruzione della Cattedrale ed alla commissione del ciclo pittorico.

Quale è il significato storico e spirituale della costruzione di questa Cattedrale a Karaganda?
Mons. Schneider: La prima ragione era questa: avere una Cattedrale in un luogo più degno e visibile. Poiché la Diocesi di Karaganda usava finora un edificio costruito ancora durante il tempo della persecuzione, e questo edificio si trova nella periferia della città ed è esteriormente non riconoscibile come Chiesa. Una Cattedrale in un posto più centrale, costruita in uno stile di tradizione inconfondibilmente cattolica, cioè nello stile neogotico, sarà un silenzioso ma anche potente segno e mezzo di evangelizzazione in un mondo dove i cattolici sono circa l'1% o 2% della popolazione, dove la maggioranza degli abitanti sono musulmani e dove c’è una forte minoranza degli ortodossi. Inoltre, una considerevole parte della popolazione non appartiene a nessuna religione, sono persone che cercano Dio.
L’architettura della Cattedrale e anche gli oggetti all’interno sono stati fatti con la cura più grande possibile, perché rappresentino una vera bellezza artistica e allo stesso tempo la sacralità e il senso del soprannaturale. Tutto questo è adatto sia per incitare il senso religioso e il senso della fede nei fedeli e nei visitatori, sia per esprimere l’atto di adorazione della Santissima Trinità. Tutto ciò è quindi adatto per facilitare l’esecuzione del primo comandamento e l’ultima finalità di tutta la creazione: l’adorazione e la glorificazione di Dio.
Il significato storico e spirituale ha anche questa dimensione: la nuova Cattedrale è un luogo sacro per la memoria delle innumerevoli vittime del regime comunista, giacché intorno a Karaganda c’era uno dei più grandi e terribili campi di concentramento - detti Gulag -, nel quale hanno sofferto persone appartenenti a più di cento diverse etnie. Nello stesso tempo la nuova Cattedrale sarà anche un santuario per la preghiera d’espiazione per i crimini del regime ateista e comunista. La bellezza architettonica, le opere d’arte, l’organo nella nuova Cattedrale sono anche un mezzo di promozione della cultura.

Come è stata accolta questa iniziativa cattolica dalle autorità politiche e dalla comunità islamica?
Mons. Schneider: È stata accolta con senso di rispetto verso la Chiesa Cattolica. Le autorità civili e la popolazione si sentono onorati di poter aver nella loro città un tale edificio di straordinaria bellezza architettonica e di alto significato culturale. Le autorità civili considerano la nuova Cattedrale come un gesto da parte della Chiesa Cattolica per la promozione della cultura.

Una piccola comunità cattolica è in grado di costruire una Cattedrale in terra di missione, potremmo dire che questo sia un modello in grado di spronare la rinascita della fede nella vecchia Europa?
Mons. Schneider: La piccola comunità cattolica era in grado di dare soprattutto un contributo spirituale per la costruzione. Però, il maggior contributo materiale è provenuto dai nostri fratelli e sorelle dalla vecchia Europa. E questo è bello, poiché manifesta la solidarietà fraterna, manifesta un fraterno scambio di doni, simile ai primi tempi della Chiesa, quando le comunità più ricche aiutavano le comunità più bisognose. La fede rinascerà anche nella vecchia Europa quando si darà sempre più il primo posto in tutte le cose a Gesù, quando la vita della fede tornerà sempre più concreta, visibile e più “incarnata”.

Quali sono i problemi che quotidianamente la comunità cattolica affronta in Kazakistan?
Mons. Schneider: I problemi quotidiani sono l’insufficienza dei sacerdoti, le distanze enormi tra le comunità parrocchiali, gli insufficienti mezzi materiali per le opere di costruzione delle chiese e per le opere sociali ed educative, l’emigrazione dei giovani per l’estero, alcuni impedimenti di carattere burocratico.

Quali i rapporti con le altre confessioni cristiane?
Mons. Schneider: I rapporti con le altre confessioni cristiani sono buoni. Ci sono alle volte incontri con Vescovi e sacerdoti della Chiesa russa-ortodossa e con rappresentanti delle comunità protestanti. Abbiamo, per così dire, un "ecumenismo della vita", dove i rapporti umani sono più importanti delle discussioni teoriche o dottrinali. Abbiamo opere comuni con i fratelli ortodossi e protestanti nell’ambito della difesa della vita.

Quali sono gli sviluppi e le prospettive?
Mons. Schneider: Vogliamo conservare i rapporti di rispetto reciproco, di rapporti personali di amicizia e continuare a fare opere comuni per la difesa della vita e dei valori morali. L'arte è sicuramente uno strumento di evangelizzazione efficace, come il Magistero ci ricorda, ed il Santo Padre ci sprona ed incoraggia ad utilizzarla.

Può raccontare la sua esperienza di committente, che ha voluto tanta arte e tanta bellezza nella sua Diocesi, come segno della testimonianza della fede cattolica?
Mons. Schneider: La costruzione di una nuova Cattedrale con una vera estetica sacrale e opere d’arte è anche una proclamazione del primo dovere della Chiesa: dare a Dio, a Dio Incarnato, il primo posto, un posto visibile, poiché Dio si è fatto visibile nell’Incarnazione e nell’Eucaristia; dare a Dio il primo posto anche nel senso di offrire a Suo onore una bellezza artistica, poiché Dio è l’autore di tutta la bellezza e merita di ricevere in Suo onore da parte dei credenti opere veramente belle.
Inoltre, una tale Cattedrale può essere una concreta manifestazione dell’amore tenero della comunità credente, la sposa di Cristo, verso il Corpo di Cristo, offrendo in onore di questo Corpo di Cristo in un certo senso la santa prodigalità della donna peccatrice, la quale ha offerto in onore di Cristo il vaso di profumo prezioso di prezzo straordinariamente grande (“più che trecento denari”, cf. Mc 14,4). Per ungere il corpo di Cristo, la donna peccatrice ha speso una somma con la quale si poteva sostenere una famiglia per un anno intero. Le persone presenti si sono sdegnate per un tale spreco. Gesù però ha lodato questa santo spreco dicendo: “Ha compiuto verso di Me un’opera buona” (Mc 14,6). Si deve fare ancora il “santo spreco” per Gesù.
Molte persone già hanno visitato la nuova Cattedrale. La maggioranza sono state persone non cattoliche, e persino non cristiane. Queste sono state attratte dalla bellezza. Hanno espresso visibilmente la loro ammirazione. Alcune donne non cristiane hanno persino pianto di commozione in mia presenza. Una volta durante una mezz’ora ho mostrato e spiegato ad una giovane coppia non cristiana la Cattedrale con tutti i dettagli dell’arte e delle cose sacre. Quando ho finito e siamo usciti dalla Cattedrale, quella donna non cristiana mi ha detto: “In questa mezz’ora ho purificato la mia anima. Posso venire ancora una volta da sola? poiché voglio nel silenzio ammirare queste belle cose”. Ho risposto: “Certamente, può venire tante volte quante vuole”. In quella mezz’ora ho fatto, per mezzo della spiegazione di un'arte sacra e bella, una lezione sulle verità della fede cattolica.
La reazione di quasi tutte le persone che hanno finora visitato la Cattedrale, specialmente persone non cristiane, è stata così spontanea: ammirazione, silenzio, apertura per il soprannaturale. Ho costatato in questi casi la verità che l’anima umana è naturalmente cristiana, come ha detto Tertulliano, cioè nell’anima umana Dio ha iscritto la capacità di conoscerLo, di venerarLo. Il dovere dei cattolici è di condurre queste anime aperte verso la fede e l’adorazione soprannaturale, alla fede ed all’adorazione di Cristo, della Santissima Trinità, di condurre le anime al Cielo. Nelle grandi porte di bronzo all’entrata della cattedrale sono scritte queste parole della Sacra Scrittura: “Qui è la casa di Dio, qui è la porta del cielo” (Domus Dei - porta caeli). Perciò, queste parole sacre sono un motto molto adatto per questa Cattedrale, cioè per questa visibile opera di evangelizzazione, come anche per tutta l’opera di evangelizzazione.

Potrebbe indicarci il significato spirituale e teologico dei dipinti che ha fatto realizzare per la Cripta?
Mons. Schneider: Volevo esprimere nella Cattedrale nel modo più profondo il mistero della Santissima Eucaristia, poiché l’Eucaristia costruisce spiritualmente la Chiesa, l’Eucaristia fa vivere la Chiesa continuamente fino alla fine dei tempi. Il vero fondamento della Chiesa è l’Eucaristia. Perciò ho posto nella cripta, quasi nelle fondamenta della Cattedrale, un ciclo di 14 immagini sull’Eucaristia, in analogia con le 14 stazioni della via Crucis nella navata principale. Tutta la Sacra Scrittura ci annuncia Cristo fatto carne, fatto uomo. Ma Cristo si è fatto Eucaristia, ci ha lasciato Sua carne realmente, veramente e sostanzialmente presente nel mistero eucaristico. In un certo senso possiamo dire: tutta la Sacra Scrittura ci annuncia Cristo nel mistero dell’Eucaristia. Ho scelto le immagini eucaristiche più conosciute della Sacra Scrittura ossia la simbologia eucaristica più conosciuta: il sacrificio di Abele, il sacrificio di Melchisedec, il sacrificio di Abramo, l’agnello pasquale, la manna nel deserto, il cibo del profeta Elia nel cammino verso il monte di Dio, il tempio di Gerusalemme, Betlemme come “casa del pane”, il miracolo delle nozze di Cana, la moltiplicazione dei pani, il discorso eucaristico nel vangelo di Giovanni, l’Ultima Cena, Emmaus, l’Agnello nella Gerusalemme Celeste.

I rapporti tra un vescovo ed un artista sono forse il segreto della riuscita di una opera così importante. Potrebbe raccontarci della sua esperienza di committente che ha commissionato queste 14 tele all'artista e teorico dell'arte Rodolfo Papa? Come è nata la vostra collaborazione e come si è sviluppato il rapporto di fiducia necessario perché nascano dei capolavori?
Mons. Schneider: Il “ciclo eucaristico” è stato l’ultimo mio sogno per la Cattedrale. Sapevo che qualcosa sarebbe mancato senza il “ciclo eucaristico”. Ho pregato il Signore che mi mandasse un artista anzitutto profondamente credente, un artista che ami l’Eucaristia, un artista che sappia dipingere in modo veramente sacro ed edificante per i fedeli. Tramite un signore conosciuto, ho incontrato il prof. Rodolfo Papa. Quando ho visto alcune delle sue opere religiose, e parlato con lui sulla fede e sull’Eucaristia, ho capito che questo artista è quello che il Signore mi ha mandato. La mia convinzione si è ancora consolidata quando ho letto il suo libro sulla teologia dell’arte sacra Discorsi sull’arte sacra (con introduzione del card. Cañizares, Cantagalli, Siena 2012).

Zenit.org, 29/08/2012
http://www.zenit.org/article-32292?l=italian
(30/08/2012)










































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